quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Soneto de inércia

O que o outro não consegue ver em ti
Supõe, erradamente, por melhor lhe caber
Que a aparência que te envolve faz sentir
Que tens um mundo perfeito, onde viver

Aparência, é pintura velha que se restaura
À paliar real desolação que dentro se instaura
Atribuir ao tempo tardio que nada podes imutar
Congela-te o coração, o amor não poder amar

Só inércia desmedida e bom senso ao de triunfar
Em resposta ao resgate que teu desespero grita
E que teus olhos à alguém já se fez revelar

Entalhar-se aparências, enquanto dentro a sangrar
Quando inércia e medo nos move e nos habita
Não se restaura a vida, e se deixa o amor deteriorar!!!

Daisy Braito

Nenhum comentário:

Postar um comentário