E o que são as nuvens?
Ah!... não quero explicações científicas óbvias, reações naturais orgânicas.
Essas eu já sei, essas qualquer livro pode ensinar.
Quero minhas interpretações...
Ao meu ver, ao meu observar,
Através de meus olhos e de minha imaginação.
Quero as nuvens, como eu quiser que elas sejam,
Como eu quiser que elas pareçam.
Quero uma conotação poética às nuvens.
Afinal..., por que os poetas só exaltam a lua?
Pelo seu ar de mistério, por ser dos amantes, da donzela na janela, por ser tão bela?
Mas a nuvem, também pode ser tal qual dos amantes...
Como confortável leito delirante,
Ou da donzela, a espera pelo seu cavaleiro andante.
E a beleza nela, também há.
Tão branca e altiva, tão leve a voar,
Pintando o azul em tantas formas pra se admirar.
Encobrindo, por vezes, o sol tão intenso do verão, só pra nos refrescar.
Ah!!!... nuvem, de você há tanto pra se falar, imaginar.
Tens o poder de se transformar ao simples toque do vento.
Mudando suas formas, criando personagens como a contar histórias, no amplo telão do céu.
Sei que por vezes você enegrece, manchando sua brancura quase virginal de escura.
Mas é somente para anunciar uma chuva, ou tempestades até.
É quando parece que se põe a chorar.
E até raios passam através de ti.
Mas são apenas seu momentos, através da natureza, à demonstrar reações de ira e tormento.
Como um ser, regado de emoções e sentimentos.
Mas quando voltas a sua alva brancura, a passear tão lentamente pelo azul límpido do céu, numa bela tarde de verão,
Eu a vejo como um doce, na verdade dois doces, meus preferidos e tão simples, doces.
Como uma suculenta maria-mole , tão leve, macia e branquinha.
Ou um algodão-doce, todo embolado naquele palito, meio disforme tal qual mesmo a nuvem, e tão açucarado a derreter na boca.
Ah!!!..poetas, falem mais das nuvens.
Eu vou ter que parar por aqui, pois preciso, urgentemente, ir até a doceria.
E lá quando me perguntarem o que vou querer...
Hummm...deixe-me ver...
Hoje só vou comer nuvem.
É o que irei responder!!!
Daisy Braito
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